sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Eleições apresentam o retrato do Brasil


Confusão. Essa palavra define perfeitamente as eleições que estão ocorrendo este ano. Perdidos em meio a ondas de informações por todos os lados, os eleitores foram os que mais sofreram com todos os reflexos da falta de organização do país. Dúvidas desnecessárias reinaram gerando insegurança nos brasileiros na hora de votar.
Mesmo com todas as providências tomadas através da publicidade, com o objetivo de esclarecer os eleitores sobre os documentos necessários para o dia de votação, a decisão de mudança de última hora (três dias antes da votação), pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi a que prevaleceu.
Justificativas e estratégias à parte sobre a atitude tomada às pressas, o que vale refletir é a falta de consideração às milhares de pessoas que enfrentaram filas imensas para adquirir a primeira ou segunda via do título.
Tornar a foto principal exigência no documento, com a finalidade de comprovar a identidade do cidadão, agora o título eleitoral reduziu-se à folha de papel meramente indicativa do número da zona e seção de votação. Mas será que não poderiam ter pensado nisso antes?
E como se não fosse suficiente, até mesmo os eleitores que já possuíam seus títulos, não ficaram isentos dos prejuízos. Alguns deram literalmente com a cara na porta ao se dirigir a sua “antiga zona eleitoral”. Outra mudança que não foi alertada para conhecimento e teve como solução, medidas falidas.
É inegável que o interesse em obter a informação deve partir do cidadão. Devemos nos orientar antecipadamente, uma vez que é sabido por todos que o voto é obrigatório. Mas o que avalia-se, é a evidente desigualdade de acesso à informação correta e a veiculação do que é somente de interesse.
O que ocorreu foi uma desordem nacional, como de praxe. Imagino quantas falhas de comunicação entre o país e seu povo continuarão a acontecer, sustentando incontáveis mentes à ignorância. Essa é a crescente falta de compromisso social mútua, que consagra o retrato da realidade do Brasil: o circo da folia.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Números. O que dizem sobre você?

Infelizmente, hoje, nesta sexta-feira treze, do mês de agosto, terei que entrar na energia vigente e registrar como de fato "a bruxa está solta". Claro que isso não se compromete a necessariamente este dia, este mês do ano, mesmo que muitos ainda acreditem nesta fama. Na realidade, pra mim, toda esta reflexão começou ontem, exatamente às 7h30, na avenida Bento Gonçalves, em frente à Igreja São Jorge, em Porto Alegre.
Logo cedo, dia nublado, ônibus lotado, a rotina comum dos trabalhadores e estudantes. Sono, cansaço, mentes distraídas, impactadas pela imagem fria e chocante do corpo de um jovem estendido na pista do corredor de ônibus, mutilado por sua velocidade avassaladora.
Mais uma vítima atropelada no trânsito frenético das vias urbanas. Um retrato aterrorizante da realidade, uma vida cheia de sonhos e expectativas, interrompida na contraditória "faixa de segurança". Um perfil lamentável.
Lá estava o jovem professor que trabalhava com educação especial, que, como todos, seguia sua rotina sem imaginar que a morte estava a sua espera, logo no local onde passara inúmeras vezes.
Por outro lado, a face de um motorista em estado de choque, fadado ao eterno sentimento de culpa. Um ponto final em duas vidas.
Fui uma entre as "testemunhas" que se deparou com esse triste e surpreendente acidente matinal. Diante disto, fui incontrolavemente submetida a uma reflexão, que a música da banda Papas da Língua levanta com perfeição."Números, números, números, o que é, o que são, o que dizem sobre você?"
Ali se encontrava mais um corpo entre muitos "colhidos" em um só dia. Ali estava mais um número que soma incontáveis e frequentes tragédias, prováveis, infelizes e para poucos inesquecíveis na história.
Me senti incompatível com minha missão profissional. Meu sentimento de solidariedade e desejo de compromisso social foi posto à prova quando percebi que para mim, meus objetivos ultrapassavam a iniciativa de informar e remeter a números que ao mesmo tempo que noticiam, anulam.
Então aqui, acima de todos os acontecimentos, não irei aderir à frieza alcançada pela maioria dos meus companheiros de profissão, que com o decorrer da carreira, tratam os incidentes do dia-a-dia como corriqueiros e normais. Me senti consideravelmente abalada e assim declaro meu imenso respeito aos familiares, amigos e alunos, que agora compartilham a dor desta lamentável perda. E ressalto, que não foi nem ao menos necessário conhecê-lo para admirá-lo como um grande perfil de Ser Humano.

Abaixo segue um trecho humanizado da notícia veiculada pela Zero Hora:

André Lucas Silveira da Rosa, 23 anos, atropelado por ônibus em Porto Alegre, foi a milésima vítima do trânsito no RS em 2010.

“Pais foram buscar seus filhos, que choravam pela morte do “professorzinho”, apelido carinhoso devido à juventude de André. Professoras estavam em lágrimas pelo “mascote”, o caçula que se dedicava ao ensino de deficientes por ideal. Ele se formou em Pedagogia na PUCRS, em 2008, optando pela educação especial.
Na Escola Dr. João Alfredo, ontem, a mesa de André, enfeitada com revistas de quadrinhos do Superboy e da família do Pato Donald, permaneceu vazia. No quadro-negro da sala de aula, uma equação matemática – quanto é 12 + 7 – deverá ser respondida pelo próximo mestre.”

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A menina e os sonhos


Desde pequenina
Sua mente desenha um mundo diferente aos fechar os olhos
Em um sono profundo, ela viaja para longe
Um lugar distante
Em preto e branco ou arco-íris
Ela vive naquele mundo por instantes
Ela sente
O medo, o desespero, a alegria, a paz
Se perde em meio a momentos que em breve terão fim
O desejo de voar
A realização do oculto
Coração apertado
A volta para realidade
Um despertar acompanhado de um sorriso
Um despertar acompanhado de lágrimas
Vontade de ficar
Vontade de voltar
Vontade de sonhar novamente

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A união faz a força!


Foi praticamente impossível não perceber a agitação da cidade, do país, no dia da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo.
A rotina dos trabalhadores e estudantes, se perdeu em meio a passos apressados.
Tumulto, trânsito congestinado,fones de ouvido, verde e amarelo para todos os lados.
Ninguém perdeu um só momento do espetáculo da famosa Jabulani nos estádios africanos. De penitenciárias a gabinetes(por bom comportamento), todos por um, sem divisão, com pensamento de vitória.
Doses diárias de futebol e mundo.Críticas à parte sobre escalação e treinadores, todos bem informados sobre a pauta corrente.
De tudo, fica a reflexão sobre o poder do futebol no mundo, em especial, é claro, no Brasil. A visível e comprovada paixão dos brasileiros pela pátria, a força que une e a união de cada cidadão, que faz a força.
Se lembrassemos todos os dias, não de quatro em quatro anos, que momentos históricos construímos a todo instante, com certeza a solução para a metade de nossos problemas seriam encontrados, lado a lado. Consciência e iniciativa = revolução.
Não podemos esquecer que nossa vitória está na vida real e nossa batalha constante e individual continua quando finaliza os jogos.Nossos bolsos continuam vazios e nossos ídolos, garotos do futebol,sem saber o que fazer com tanta grana.
Hoje, por exemplo, a Àfrica do Sul, país sede da Copa do Mundo 2010, demonstra toda a alegria e energia de um povo que vive na miséria.Milhões para "arrumar a casa" foram gastos, dinheiro destinado com extremo sacrifício para não fazer feio.
Sem dúvida, um mega evento como a Copa, faz o mundo girar de maneira diferente. Abala as estruturas e estimula cada pedacinho do nosso globo ao desejo de abrir as portas, acolher e apresentar sua cultura, de preferência, suas qualidades.
Indo direto para o futuro, em específio, 2014, vale a pena pensar: será que o Brasil, com tantas desigualdades, com balança social tão injusta, tem condições de promover e priorizar a celebração do futebol?
A febre continua e as preparações já começaram.Do sem teto ao presidente, a festa, mas temos,de fato, algum motivo para comemorar?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Mulher TPM: o extremo em busca do equilíbrio


MULHER: Ser essencialmente complicado e icógnita. Vou dar um mero exemplo aos namorados, maridos ou coisa parecida. Sabe quando ela diz que não quer? Ela quer! E sabe quando ela diz que quer? Então...tudo pode ser vice-versa, de um só jeito e ao contrário também. Se dei um nó na sua cabeça e você achou que é pior do que você pudesse imaginar...então nem ouse entender.
Como lidar com esta criatura, que por natureza desafia e em nos dias sagrados, perturba com a maldita TPM? Com certeza em qualquer jogo você não teria maior chance de vitória que essa. Cerca de 80% da mulheres são dotadas desta "patologia". Você foi sorteado!
Como seria fácil se a solução para saciar qualquer descontrole emocional, fosse o chocolate e a distância. As mulheres vivem um inferno astral quando estão na TPM. Elas mesmas não se aguentam.São o constante extremo em busca do equilíbrio. A sensibilidade aguça, o ódio por qualquer ser que respire ao seu lado, aflora. Choros e risos infindáveis, legítimo sintoma quando em sincronia. Ela se sente feia, gorda, nada a agrada.Não toque nela, não fale alto, nem baixo, não fale com ela. Não a critique. Não a elogie também. Respeite o seu estado de insanidade temporária e AFASTE-SE! Porque ela se sente vítima, mas a real vítima, infelizmente, é VOCÊ.
Ela está louca? Não, apenas está com TPM. Então, não se preocupe, ela não mudou com você, ou melhor, apenas por este período. Agora,uma boa notícia em meio a tanta tragédia: ELA VOLTARÁ AO SEU ESTADO NORMAL! E sabe quando acontecerá toda essa tempestade novamente? Daqui há exatos 15 dias.
Por fim, resta a dúvida final: você ainda acha que é desculpa de mulher?